Thursday, July 26, 2007

Grindhouse: Death Proof

Grindhouse: Death Proof
À Prova de Morte
























Ano: 2007
Realizador: Quentin Tarantino
Actores: Kurt Russell, Rosario Dawson, Vanessa Ferlito, Mary Elizabeth Winstead

O Melhor: Tudo, o estilo de Série Z, as referencias a Kill Bill, os diálogos, a violência…

O Pior:
NADA!

Para Jungle Julia (Poitier), Shanna (Ladd) e Arlene (Ferlito), a noite oferece uma oportunidade de libertação. Mas a poucos metros, olhando-as de forma pouco inocente a partir do seu carro, está Stuntman Mike (Russell). E é no seu Dodge Charger, modificado para suportar até as mais extremas colisões, que este psicopata gosta de terminar com a vida de belas raparigas que viajam a seu lado...
Bom antes de mais, é bom deixar claro que este é um filme de Tarantino, e na minha modesta opinião, dirigido só mesmo para quem gosta de filmes do Tarantino. É o filme errado para ser escolhido aleatoriamente perante as escolhas disponíveis num cinema, tem que se estar minimamente informado e preparado para o que se vai ver. Ou então sigam o meu eterno conselho para visionar filmes do criador de Pulp Fiction, deixem-se levar completamente, e acima de tudo não os tentem comparar com outros! E já agora confesso também que a minha classificação/crítica, é suspeita, visto este ser o meu realizador de eleição.
Bom por onde começar? O termo Grindhouse, remete-nos para as salas de espectáculos dos finais dos anos 60, que através de sessões contínuas exibiam os chamados exploitation films, trabalhos de baixo orçamento, de gosto duvidoso, carregados de sexo, perseguições automóveis e violência. Tarantino e Rodriguez quiseram então homenagear esse conceito, criando o seu próprio Grindhouse. Infelizmente para nós, cá por terras lusas, o filme enquanto conjunto (Death Proof e Planet Terror), não foi bem acolhido nos EUA. Daí a divisão dos mesmos como filmes independentes. É pena, porque se perde assim o conceito Grindhouse, e perdemos também os trailers fictícios que Rodriguez e Tarantino encomendaram aos seus amigos Eli Roth e Rob Zombie para dividir os filmes. Por outro lado ganhamos as versões integrais de ambos os filmes, visto que quando exibidos em conjunto, são cortados para cerca de hora e meia cada um.
Mas quanto a Death Proof, eu acho que está perfeito, desde os cortes de imagem, onde se perdem alguns segundos que ficamos sem saber o que aconteceu, as passagens para imagem a preto e branco (coisas que aconteciam nos originais Grindhouse, visto as fitas exibidas já terem corrido meio mundo, já se encontravam muito deterioradas). As referências a Kill Bill são deliciosas.
Kurt Russell, volta em grande forma, com a sua gigantesca presença em ecrã, dá corpo ao psicopata de serviço.
Mas a verdade é que o elenco do filme é dominado pelas mulheres, logo, de entre todas elas que não tenho nada contra a dizer, vou salientar apenas uma: Rosario Dawson. Não estando ela no seu ambiente natural, esteve muito à altura.
E agora claro, os dois pontos fortes do mestre Tarantino: diálogos e violência. Os diálogos são todos intocáveis, como é habitual, destaco as, por vezes curtas, mas sempre fortes intervenções de Kurt Russell, e a cena que eu acho ter o melhor dialogo de todo o filme, que conta com Rosário Dawson, Tracie Thoms, Zoe Bell e Mary Elizabeth Winstead, se não estou em erro, onde discutem a ilegal posse de arma de Kim (Tracie Thoms), é no mínimo hilariante!
Por fim, para mim “A Cena” do filme, é indiscutivelmente a colisão entre os carros, quando Stuntman Mike (Kurt Russell), elimina o primeiro quarteto.
Resta-nos agora esperar por Planet Terror, de Robert Rodriguez, que deve estrear por cá algures por Setembro.

1 comment:

Anonymous said...

o filme excelente!