Sunday, June 10, 2007

The Number 23

The Number 23
Número 23





















Ano: 2007
Realizador: Joel Schumacher
Actores: Jim Carrey, Virginia Madsen, Danny Huston

O Melhor: Jim Carrey no seu melhor, e toda a acção à volta do 23.

O Pior: A assinatura de Schumacher, infelizmente, vai afastar algum publico mais snob.

Deixando-se levar por uma espiral de obsessão com o número 23, Walter Sparrow (Jim Carrey) transforma a sua vida idílica num inferno de tortura psicológica que poderá levar à sua morte, e à daqueles a quem ama. Atormentado por um misterioso romance que não tem coragem de pôr de lado, “The Number 23”, Walter é forçado a desvendar os segredos do seu passado, de forma a poder continuar a viver com a sua esposa, Agatha (Virginia Madsen).
Apesar de, até aqui, só terem trabalhado juntos em Batman Forever, tanto Jim Carrey como Joel Schumacher apresentam-nos agora, o que na minha opinião é o filme que faltava para encerrar a “trilogia” individual dos mesmos, que os consagra como bons profissionais. Carrey já contava com The Truman Show (1998), e o inesperado Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), para mostrar o seu lado mais sério, e surpreendentemente talentoso. Schumacher, pondo de lado alguns “tiros ao lado” que deu na sua carreira, que passam a vida a ser repisados pelos supostos críticos profissionais, eu por outro lado prefiro lembrar-me dele como responsável por duas grandes obras, 8MM (1999), e Phone Booth (2002). The Number 23, é o terceiro filme marcante para cada um deles. O que não deixa de ter a sua piada, cada um deles já contava com dois filmes, e este é o terceiro, ou seja: 2 e 3, 23. Juro que não fui buscar os filmes anteriores de propósito para poder fazer esta analogia… Mas ainda em maré do filme, era engraçado poder dizer que este era o 23º filme a ser comentado por mim, mas infelizmente/felizmente já ultrapassei essa marca. Já no caso de Joel Schumacher este é o seu 23º filme, e no caso de Jim Carrey a sua produtora chama-se JC23… Bom mas falando do filme em si, é no mínimo viciante do primeiro ao último minuto. Está muito bem “desembrulhado”, não se perde o interesse nem por um minuto, vou até ao ponto de dizer que se fica obcecado durante o visionamento do filme, visto que para ajudar, há vários “23” escondidos. Deixem-me elogiar Carrey uma vez mais, que está magnifico quer nos flashbacks como Fingerling, quer na linha temporal normal como Walter Sparrow. Virginia Madsen, que interpreta a sua mulher, tem um desempenho normalíssimo, mas mesmo assim acompanha bem o ritmo geral. Saliento duas coisas em particular, os fantásticos créditos iniciais, que nos fazem lembrar o eterno Se7en (1995), e o diálogo entre a personagem de Carrey e a de Danny Huston, onde discutem a simbologia do 23, fazendo um cruzamento entre aspectos religiosos e reais, como por exemplo o bombardeamento de Hiroshima. É sem duvida um filme que merece bastante atenção.